Os sucessivos golpes da economia há muito deveriam ter transformado Numancia num parque temático com um slogan inegociável: "Lições da crise". Não mais.
Uma tarde de novembro meu amigo Victor Hugo apareceu na minha casa em Maputo e me contou sobre um mapa. me disse exatamente: “Na minha casa nos Açores penduro há anos um mapa onde indicava alguns percursos que queria fazer pelo mundo. Chegou a hora de fazer o primeiro.
O tempo passou tão rapidamente quanto atual. Os minutos não foram segundos, mas litros de água, a mesma água correndo para o vácuo ensanduichado entre as paredes de rocha, se perder no vapor desordem.
Você se apaixona montanhas e da mesma forma que você se apaixonar por uma mulher, por sua beleza, por sua poderosa atração que só faz com que o mistério, por sua aparente inacessibilidade, porque você fechar os olhos e pensar apenas sobre eles ...
Das janelas do avião já vimos o povo de Tuvales chegar à pista armado de baias com colares de conchas, pulseiras de sementes e cestas de folhas de palmeira para tentar impressionar o viajante. Quando a porta do avião foi aberta para o ar quente, os quatro ou cinco assentos estavam perfeitamente alinhados.
E eu tiro o manuscrito da mochila e digo a Yohanes para posar com ele sob as cachoeiras que nos encharcam fracamente. E então eu seguro. E de alguma forma eu presto homenagem a palavras honestas e textos bem contados. E este livro tinha que vir aqui porque nasceu aqui.
Onde o olhar se perde na tirania deserto, nas planícies pedregosos anteriores Sahara, Berberes recente agarram às suas cavernas escavadas na terra com a nostalgia de quem sabe que suas tradições acabará por ser varrido pela areia do deserto.